Demora a Lua na sua volúpia
face ao Sol que se distancia,
envergonhado,
ao solstício de uma noite...
É Dezembro reclamado!
Um passo em cada compasso,
desnuda-se Lua do seu manto
desfeito em neve que cai incerta
faz-se Rainha a olhares súbditos...
Braços despidos que nem galhos
se deita caduca coberta de branco,
desenha palavras em fumo,
expelido das bocas sem cor
cortadas na respiração
de um beijo bailado no vento
ao Sol que raia num amanhecer
e se deita plúmbeo ao entardecer...